terça-feira, 23 de abril de 2013

O ovo ou a galinha? A bíblia ou a Igreja? Afinal, o que nasceu primeiro?

Para o descrente não será difícil a resposta de que o ovo surgiu primeiro. Talvez seja por este ser um fundamentalista evolucionista ou apenas um relativista ateu. No entanto, para quem crê em Deus e na sua criação, pode se dizer que a galinha nasceu primeiro. Pois Deus criou os animais e viu que era bom (Gen 1, 21), no entanto, Deus não criou primeiro o ovo.

Noé não levou ovos para a arca e sim um casal de cada espécie (Gen 7, 2-3).
Dadas supérfluas deduções sem fim, nos vem outra dúvida e bem mais interessante:


O que surgiu primeiro? A Igreja ou a bíblia?






Dados históricos ricos e confiáveis nos dão a garantia de que o escrito mais antigo da Bíblia (Novo Testamento) é a epístola de São Paulo aos Tessalonicenses por volta do ano 51 D.C e o evangelho mais antigo é o de São Marcos por volta do ano 70 D.C.

A pergunta é: A Igreja surgiu depois da bíblia? Lógico que não. A Igreja católica não é a Igreja do livro, é a Igreja de Jesus Cristo, Igreja que é a sua esposa e mãe de todos os fiéis, dos primeiros mártires até os últimos de hoje. (Efe 5, 21-32)

Por tanto, se não cremos na Igreja é impossível crer na bíblia, se não cremos no Espírito Santo não é possível não crer naquela em que o mesmo Espírito assiste ao longo dos séculos (Jo 14, 16).  O Espírito Santo é o mesmo ontem, hoje e sempre (Heb 13, 8). Ele não diverge de idéias como nós humanos; as promessas de Jesus são as mesmas, as promessas de que o Espírito Santo estará com a Igreja são as mesmas (Mat 28,20). Então, da onde surgiu a ideia de que só é possível crer na Bíblia e em mais nada? É ridículo!  A Igreja não é uma “ONG piedosa” como disse o nosso Papa Francisco, não é uma casa de cuidados e unicamente de oração, a Igreja é o corpo de Cristo (1 Cor 12, 27), Santa, Una, Católica (universal-total-toda) e imaculada! (Jo 17, 21).

Como pode, depois de 40 anos, da morte de Jesus (ano 33) ao primeiro escrito (ano 70 D.C), um homem escrever detalhadamente os mistérios e a revelação de Nosso Senhor sem a assistência deste Espírito Santo (Jo 14, 26)? E do que a Igreja viveu ao longo destes anos? 40 anos não são 40 dias ou 40 meses. Quem conhece um pouco de filosofia e dos ensinamentos dos antigos sabe que era pela oratória e não pela escrita que se ensinava. A escrita tinha um fundamental valor, mas não era comum como nos dias de hoje.

E Paulo, que pregava aos gentios sem a Bíblia, pois ela ainda não existia, ou será que na nossa mente guardamos um pastor de bíblia na mão gritando nas praças públicas: “Aceita Jesus e tu serás salvo”? E todos criam na Bíblia e não em Paulo evidentemente [sic!].

Sejamos sinceros, somente sinceros com a verdade e com a revelação. A bíblia só foi totalmente definida como As sagradas Escrituras do cristianismo por volta do Séc. II, ou seja, quase 300 anos depois de Cristo, com muita provação e muitas “brigas” por causa dos hereges que queriam colocar qualquer fábula ou retirar livros importantes dela.

Imaginem:  Como Paulo tinha todo aquele conhecimento da revelação de Nosso Senhor a ponto de ser ele o primeiro autor do novo testamento, de onde vinha aquele conhecimento? Da bíblia? Não! Veio da Igreja por parte de Pedro, Tiago e dos apóstolos, dos mártires, dos cristãos primitivos, até do seu Ananias, lembram? Foi Ele que impôs as mãos em Paulo (Atos 9, 10) e com certeza anunciou pela primeira vez o Cristo Jesus ressuscitado aos seus ouvidos, e sem a bíblia.

Paulo (sem a bíblia), percorria o mundo anunciando á todos os gentios o evangelho e sempre alertando contra os perigos dos falsos pastores (Rom 16, 17-18).

Pois então, a bíblia é o nosso maior instrumento de anunciação sem dúvida alguma, mas não é a única fonte. Se não crer na Igreja certamente não terá como crer na bíblia, em Jesus, no Espírito Santo e em nada que se diz a respeito.

Contudo, ficar somente com a bíblia, sem a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério é como sentar num banco de uma perna só, certamente irá cair por falta de apoio.
Crer na bíblia somente depois da imprensa de Gutenberg (1455 D.C)
é crer numa bíblia de 560 anos até os dias atuais e não na que os monges levaram 11 séculos para cultivá-la palavra por palavra.

Sejamos vivos e adultos, não infantis. Chega de beber leite e vamos comer alimento sólido (Heb 5, 13-14), pois é chegada á hora e o justo virá na Parusia e até lá a história continuará, o cristianismo continuará, a Igreja prevalecerá com ou sem a bíblia.

Não estou sendo contra a bíblia e questionando a sua autencidade, mas sim tentando de uma forma argumentativa colocar os pingos nos “is”. Estou "cheio" de gente desqualificada, ignorante e sem conhecimento ficar empunhando as Sagradas Escrituras indevidamente, sem autoridade alguma, como se ela fosse um passaporte para a “sua verdade”, única e absoluta.

Para terminar, pense mais uma vez comigo: Será que Jesus teria dito a Pedro: - Porém te digo que tu és Pedro e sobre este pergaminho lhe darei a bíblia e as portas do inferno jamais a destruirão qualquer folha que seja e tudo que escrever será escrito e o que apagar será apagado?
Não é isso!  Jesus confiou a Pedro a Sua Igreja! E prometeu a assistência do Espírito Santo até a sua volta. A Igreja foi fundada por Cristo; Ele disse a “minha Igreja” (não a sua ou de beltrano, de fulano ou de cicrano, mas “A minha Igreja” disse Jesus (Mat 16, 18).

Por isto eu te digo: Este blog é meu. Não disse que ele é seu para você fazer o que quiser. Ele é seu para ser lido, para participar, colaborar, pesquisar, aprender, evangelizar e ensinar. Mas de forma alguma é seu. Você tem a senha? Somente eu posso postar ou cancelar de vez este blog, eu tenho esta autoridade. Semelhante é Jesus com a sua Igreja, fundada e entregue aos cuidados dos apóstolos, assegurada para o depósito da fé por meio de Pedro e do colégio dos bispos.

Concluindo, então o gabarito é este: O que surgiu primeiro foi a Igreja.

E a Igreja Católica mais precisamente, pois segundo um escrito de Santo Inácio, bispo de Antioquia por volta do ano 107 D.C (ainda não havia a bíblia) na carta aos Esminenses (Cap. VIII) diz: “Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja á comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja Católica.” e mais posteriormente, quando enfim já existia a bíblia, Santo Agostinho no Séc. IV disse: “Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja Católica”.

Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas.

Fontes: Bíblia sagrada; Bispo Santo Inácio de Antioquia (67-107) Carta as Esminenses cap. VIII; Bispo Santo Agostinho de Hipona (354-430) Contra epistulam Manichaei quam vocant fundamenti, 5,6; Catecismo da Igreja Católica; Curso de história da Igreja antiga com o Padre Paulo Ricardo http://padrepauloricardo.org.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Pecado - Os vícios capitais

A origem do pecado é também a origem do mal. Quando o pecado entrou no mundo entrou também as ações más e a concupiscência. Desde então, o homem se desligou de Deus, pois antes a comunhão de Deus e o homem era plena.

O pecado é a desobediência, o não a Deus e sim a carne, as vontades ilícitas e a idolatria.

Desde que o pecado entrou no mundo, o demônio (inimigo de Deus) macula e frauda todas a obras do criador, incitando o homem a confiar em si, em falsos deuses e não em Deus como seu Senhor.

Os pecados capitais são estas maculações, ou seja, são formas de enganar e desvirtuar o projeto e a graça de Deus.

O pecado da Gula

Não só de pão vive o homem - Este pecado consiste em dar maior importância em comer bem e muito, e ter fartura de alimentos na mesa sem dar graças a Deus. O paladar é um bem adquirido que somente o homem recebeu de Deus. No paladar sentimos prazer em comer e deliciar a comida que recebemos. Porém, o pecado consiste em não retribuí-lo rendendo graças ao Senhor e simplesmente se fartar procurando experimentar coisas boas e que muitas vezes fazem até mal a saúde. O jejum é o melhor remédio para combater esta doença espiritual.

Avareza

Tudo pertence a Deus - Na avareza o pecado consiste em se alimentar do dinheiro e das riquezas e não de Deus. Quantas pessoas não fazem este um estilo de vida nos dias tão concorridos de hoje? A avareza é um mal da busca desenfreada pelo dinheiro - Não se pode ser amigo de Deus e do dinheiro; A esmola e a doação é o melhor remédio para combater esta doença espiritual.

Vanglória

A vanglória é o pecado em não dar a glória devida a Deus e dá-la a si. As pessoas gostam que falam bem delas e fazem disto um gosto especial de viver, mas esquecem de Deus o criador que proporciona estes dons atribuídos. É chamada também de vaidade. O maior remédio para esta doença espiritual é a humildade e a meditação da morte.

Raiva

A raiva ou a coléra deve ser dirigida para o bem, ou seja, para proteger as coisas e a criação de Deus contra o inimigo (demônio) e não usá-la contra o irmão. O melhor remédio para este tipo de doença espiritual e a entrega a Deus, a oração e mansidão (pacividade).

Orgulho

O Orgulho é quando não depende dos outros para se vangloriar, o orgulho é quando o próprio sujeito se basta. Este pecado é o mais destruidor por ser este a causa da quada dos anjos do mal. Para combater a doença do orgulho, a humildade, a pobreza e a oração, o desapego de si e a caridade são as melhores armar para esta doença espiritual.

Tristeza

A tristeza é uma dor em que o indivíduo sente quando é machucado através de seu orgulho, da sua vanglória, do seu domínio, quando lhe é retirado aquilo em ele se apoiava, nisto consiste a tristeza. Esta deve ser levada como ação á Deus. A tristeza deve ser atribuída como forma de perdão por ofender á Deus pelos nossos pecados. A contrição, o perdão e a meditação são ótimos remédios para este tipo de doença espiritual.

A Acídia

Quando a tristeza perde o controle e se torna aguda, quando a auto destruição se torna um fator de refúgio na vida do indivíduo, estes fatos aparentemente negativos e outros aparentemente positivos como o descontrole no trabalho e nos afazeres também são indícios deste tipo de doença,
A oração, a caridade e a meditação são ótimos remédios para este mal.

A Luxúria

O prazer sexual é uma dádiva de Deus ao homem e a mulher quando se coabitam. Deus criou o homem e a mulher e viu que isto era bom. "Sede fecundos" disse o Senhor e multiplicai-vos sobre a terra. O prazer sexual deve ser um louvor a Deus através de uma ação unitiva e procriativa.
Mas o diabo como sempre semeia o joio no trigo, maculou esta ação ao longo dos tempos onde se chegou ao que vemos hoje. O prazer sexual se tornou uma busca frenética e fadigante, a ponto de para alguns ser de uma certa forma, um meio de felicidade. Porém o homem e a mulher se enganam e se frustam, pois no final o que restará é uma tristeza profunda, pois a alegria e a felicidade vem da alma, mas o prazer é da carne. Contra este mal está a castidade, o retiro das coisas mundanas que nos levam a este pecado, a fuga dos meios de comunicação libidinosos (novelas, filmes, fotos, assuntos e até pensamentos fantasiosos) que devastam a pureza da alma.


Voltemos a Deus, ele nos espera e para chegarmos com inteira convicção até a sua augusta presença é necessário que não praticamos o pecado.





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O que é devoção?

A devoção é algo bom. Porém, acentuado individualmente e sentimentalizado deu origem á uma série de consequências ruins, entre elas o subjetivismo religioso; onde o indivíduo "se resolve" particularmente com Deus. As consequências disto são o sentimentalismo modernista e pentecostal (protestantismo).

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Seja Bem Vindo!

Seja bem vindo ao blog da catequese da crisma da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Juntos vamos caminhar mais unidos e informados a respeito da nossa pastoral.
Conto com sua sua ajuda para divulgação e acessibilidade.

Um grande abraço a todos os catequistas e crismandos.

Paz e bem!